Friday, April 27, 2012

ser crudívoro é bom pra cachorro é muito melhor para todos

otto von bismarck, que não era vovó, mas já dizia: leis são como salsichas. melhor não saber como elas são feitas. se vivo hoje, acrescentaria: idem ração pra cachorros.

Tuesday, April 24, 2012

dia de cão mas bom pra cachorro

Ativistas salvam mais de 500 cães que seriam abatidos na China




Os cães estavam amontoados em gaiolas minúsculas a bordo de um caminhão, que saiu da cidade de Xichang, com destino a Guangxi. l Foto: News.qq.com
Um grupo de ativistas conseguiu impedir o abate de 505 cachorros que seriam levados a restaurantes chineses. A ação aconteceu neste final de semana e foi noticiada pelo site britânico Daily Mail.

Os cães estavam amontoados em gaiolas minúsculas a bordo de um caminhão, que saiu da cidade de Xichang, com destino a Guangxi. O trajeto total que seria percorrido tem aproximadamente 1.600 quilômetros. No entanto, os ativistas conseguiram interceptar o caminhão e impedir que ele chegasse ao seu destino final.

Além de estarem enjaulados, os animais eram submetidos a condições terríveis, sem água e sem alimento. Em depoimento à polícia, o motorista declarou que a privação ocorreu pela falta de espaço no caminhão. Infelizmente a ação dos ativistas chegou tarde demais para 11 cachorros, que morreram desidratados, antes de o socorro chegar.

O comércio e transporte de animais domésticos na China tem sido alvo constante de críticas por parte dos países ocidentais, que não têm o costume de comer cachorros. Os mercados de abate destes animais domésticos ganharam destaque na mídia mundial após a suspeita de um vírus mortal, chamado SARS que seria transmitido aos seres humanos pela ingestão desta carne.

A comercialização dos cachorros em território chinês se dá de maneira equivalente a outros animais, como a galinha, nos países ocidentais. O comprador vai até o mercado e escolhe o cão que irá levar. Aí então o cachorro é espancado até a morte com uma barra de ferro e entregue ao cliente.

Além da China, ainda existem outros locais em que a carne de cachorro é utilizada na culinária, como Indonésia, Coreia, México, Filipinas, Polinésia, Taiwan, Vietnã, Antártida e em dois pontos afastados na Suíça.

Tuesday, April 03, 2012

bom pra cachorro: deu no new york times*

Jill Abramson gosta de cães. Desde que assumiu o cargo de editora-executiva do New York Times, em novembro passado, o número de vezes em que cachorros apareceram nas páginas do diário aumentou 45%. A curiosidade foi descoberta por Ron Howell em artigo publicado na Columbia Journalism Review [23/3/12]. O professor de jornalismo do Brooklyn College fez uma pesquisa no banco de dados do jornal e chegou à conclusão que artigos contendo palavras que tenham “dog” como raiz – podia ser “dogs” ou “doggie”, por exemplo – aumentaram de 230 no período de novembro de 2010 ao fim de fevereiro de 2011 para 337 de novembro de 2011 para o fim de fevereiro de 2012 (os quatro primeiros meses de Jill no comando no diário).

Primeira mulher a comandar o Times, Jill é formada em História e Literatura por Harvard, e entrou no jornal em 1997. Dois anos depois, virou editora em Washington e, em 2003, assumiu o posto de chefe de redação. A jornalista também é autora de um livro sobre cães. The Puppy Diaries: Raising a Dog Named Scout [algo como “O diário do filhote: criando um cão chamado Scout”] é uma crônica do primeiro ano de vida do Labrador de Jill. Scout ficou famoso quando sua dona passou a escrever uma coluna no jornal contando as alegrias e desafios de criar um cachorro, e logo ganhou fãs espalhados pelos EUA. O livro traz as experiências de Jill com cães e questões sobre a criação deles. A jornalista conta ainda como seu antecessor no comando do Times, Bill Keller, suspeitava que ela estava usando seu posto de chefe de redação para priorizar pautas sobre cães. “[Keller] me disse que havia notado um súbito aumento no número de matérias cotadas para a primeira página”, escreve ela.

Obsessão nova-iorquina
Howell diz que também ama cães. Mas acredita que os nova-iorquinos amantes de cães estão passando dos limites em sua obsessão canina. E teme que esta obsessão passe a tomar conta dos jornais. O professor teme, por exemplo, que o espaço que seria dedicado a reportagens relevantes sobre comunidades maginalizadas de Nova York seja dominado pelas pautas sobre cachorros.

Conversando com uma amiga jornalista, Howell ouviu que, de repente, a solução é deixar que esta “cobertura relevante” seja feita pelos jornais locais e blogueiros “que realmente se importam com estas comunidades”. Ele discorda ao ler artigos como o que contava sobre um cão chamado Major, cujos latidos serviram de “música de fundo” em um casamento. Outra matéria, poucos dias antes, falava sobre como os cães que participam de filmes não podem ser comparados com os atores humanos, mas ainda assim dão, muitas vezes, shows de interpretação.

Em uma consulta a um período de quatro meses 15 anos atrás, Howell descobriu apenas 167 referências a cachorros no Times, o que indica um aumento de mais de 100%. Uma pesquisa no Daily News mostrou que a cobertura sobre cães seguiu a mesma nos últimos 15 anos – de 84 a 89 referências, hoje, também em um período de quatro meses. “Um aumento de 45% no precioso espaço do jornal dado a cães é algo significativo”, diz o professor.

(*o aumento da cobertura canina no New York Times, no observatório da imprensa, com tradução da letícia nunes.curiosamente o título da matéria original era: bom pra cachorro).